Nubank atingiu a marca de 100 milhões de clientes

O Nubank atingiu a marca de 100 milhões de clientes no Brasil, consolidando sua liderança no setor financeiro digital. Este crescimento ressalta a capacidade da fintech em oferecer soluções acessíveis e inovadoras, especialmente em um país onde ainda há uma grande população desbancarizada. No entanto, em um movimento que gerou debates no mercado, Warren Buffett, através de sua empresa Berkshire Hathaway, reduziu sua participação no banco, vendendo cerca de 20% de suas ações.

Este contraste entre o crescimento da base de clientes e a decisão de Buffett levanta questões sobre a sustentabilidade do modelo de negócios do Nubank, sua valorização no mercado e os desafios enfrentados no atual cenário macroeconômico. Enquanto a fintech celebra seu avanço, investidores analisam os possíveis impactos dessa venda estratégica em seu futuro.

 

1. 100 milhões de clientes

Nos últimos dias, a Nubank (ROXO34) atingiu a marca de 100 milhões de clientes e vê espaço para crescer mais. A cada mês, a fintech abre 1 milhão de novas contas no País em média, várias delas de pequenas empresas e de menores de idade, público em que chegou a 3,1 milhões de usuários sem nenhum marketing.

Livia Chanes, CEO da Nubank no país, em entrevista para à Coluna do Broadcast, ressalta que o ritmo de atração da empresa segue bastante alto. “Nossas taxas de crescimento seguem na mesma velocidade. Continuamos adicionando mais de 1 milhão de clientes novos por mês, e nosso custo de aquisição continua constante”, afirma ela.

 

2. Maiores bancos do Brasil

Com a constante evolução do Nubank no mercado, ele acaba de se tornar o 4º maior banco no Brasil em termos de clientes. A seguir, enumeramos a lista dos 10 primeiros bancos:

1) Caixa Econômica Federal: 160,3 milhões de clientes.

2) Bradesco: 114,5 milhões.

3) Itaú Unibanco: 104,9 milhões.

4) Nubank: 100 milhões.

5) Banco do Brasil: 80,6 milhões.

6) Santander: 64,4 milhões.

7) Original: 50,3 milhões.

8) Mercado Pago: 47,4 milhões.

9) Ame Digital: 32,7 milhões.

10) PagBank: 29,5 milhões​

Essa lista, em novembro de 2024, demonstra um crescimento dos bancos digitais em relação aos bancos tradicionais. Isso nos mostra uma transformação ocorrendo no mercado financeiro do país que tende a crescer nos próximos anos. A pergunta a se fazer é será que as agências físicas vão continuar existindo com o crescimento dos bancos digitais?

 

3. Qual o futuro das agências físicas no país?

Com o avanço das fintechs e a preferência crescente por serviços digitais, os bancos tradicionais têm ajustado suas estratégias, o que impacta significativamente a presença física. Assim, devemos ver alguns pontos importantes:

1) Muitos bancos têm fechado agências físicas em resposta à diminuição da demanda por atendimento presencial e à popularização de aplicativos e plataformas digitais. Segundo o Banco Central, esse número é consistente nos últimos anos.

2) Consequentemente, com uma possível diminuição das agências físicas, isso pode acarretar na redução do número de empregados. Em outras palavras, tal cenário resultaria no aumento do número de desempregados no país.

3) Algumas instituições estão investindo em modelos híbridos, transformando agências tradicionais em espaços menores ou adaptados para atendimentos mais consultivos e menos transacionais.

4) Por fim, é importante destacar que, apesar do avanço da tecnologia e, consequentemente, da digitalização, ainda existem áreas no Brasil que enfrentam baixa inclusão digital. Nessas áreas, agências físicas podem continuar desempenhando um papel essencial para atender pessoas sem acesso à tecnologia.

 

4. Venda de ações de Warren Buffett

(Imagem: Reprodução/Internet)

O Nubank atingiu um marco impressionante de 100 milhões de clientes, mas, mesmo assim com o crescimento de clientes por parte da “roxinha”, vale destacar a queda que ocorreu nas ações da Nubank (ROXO34) com a venda das ações do renomado Warren Buffett. Na última sexta-feira (15), Buffett reduziu a posição que possui sobre o banco, cerca de 20%. Isso resultou em perda de 8% das ações da fintech.

No entanto, mesmo com essa queda, o ano do Nubank permanece positivo. Isso ocorre porque, além de apresentar 70% de valorização das ações neste ano, a Nubank atingiu a marca de 100 milhões de clientes.

 

5. Tem espaço para crescer mais?

“Nosso negócio continua sendo um negócio de crescimento”, afirmou Livia Chanes, CEO da Nubank no país. Na mesma entrevista para à Coluna do Broadcast, ela acredita que existe chance da fintech crescer no público de menor idade e nas pequenas empresas do país. “A procura tem sido tão grande, por contas para menores de idade, que é um produto em que devemos investir mais”, acrescenta ela.

“Temos 17% dos CNPJs ativos do Brasil, então temos espaço para crescer, principalmente entre os microempreendedores”, acrescentou ela.

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